A Patisserie Douce France é uma confeitaria no sentido antigo e francês da palavra, pois não vende só "confeitos", mas, também, chás, pães, salgados, sorvetes e, claro, doces e chocolates.
Não tem muitas opções veganas, pois a culinária francesa manda ver nos laticínios e ovos nos doces, e nos pratos salgados comem praticamente todos os animais e os produtos deles derivados.
Mas dentre as opções veganas que a Douce France serve está um deliciosíssimo sorbet de chocolate amargo. Sorbet é o sorvete feito sem leite, e que geralmente é de frutas, especialmente as mais ácidas ou cítricas, como abacaxi, maracujá e limão.
Aqui a Douce France criou um sorbet de chocolate amargo que é, essencialmente, pra gourmets. Sim, não espere um sabor de chicabon ou de chocolate ao leite. Aqui o que se tem é aquela grandiosidade monumental do chocolate em estado degustativo puro, sem atenuação de seu sabor misteriosamente amargo por excessos se açúcar.
Na verdade, mal se percebe que o sorvete é doce, pois o açúcar foi usado com uma economia incrível, criando uma nuance mínima, que só acentua o sabor de cacau torrado do sorvete.
Como a própria Douce France diz, seus produtos são feitos todos com ingredientes naturais, sem conservantes nem nada, então o resultado é que esse sorbet derrete bem rápido, e o choque de sabor que ele provoca na boca - um amargor levemente adocicado numa versão gelada e cremosa - some se você demora muito pra degustá-lo e deixa derreter o sorvete.
Assim que eu digo que é uma opção de sorvete de gourmet, e não só pelo fato de ser um sabor difícil, que não é facilitado por açúcar ou gordura em excesso, mas, também, pelo fato de ser mais caro do que a média dos sorvetes veganos em São Paulo. Acho que o preço de uma bola é em torno de R$ 10,00.
Serve pra se conhecer um sabor novo, praqueles que são veganos curioso. E serve pra impressionar gente chata que acha que comida vegana é tosca, malfeita ou sem luxo. Sim, pois o lugar é chiquérrimo, frequentado por gente endinheirada, então se quiser botar uma banca em alguém ou convidar o gato ou gata pra impressionar, esse é o lugar.
Acho que tem outras opções veganas, como um sorbet de pitanga numa tacinha de chocolate amargo (o nome é Berimbau, e é o da foto), e os macarrons, que eu comia antes, mas parei achando que não são veganos. Como aqui eu só posto aquilo que provei, falo desses outros numa outra chance que apareça de ir lá e provar.